16/07/2015
A troca de insumos por produtos agrícolas voltou a ganhar força no país em razão da escassez de crédito para custear os plantios e garantir investimentos em tecnologia nas lavouras. Esse tipo de "barter", que no passado chegou a responder por cerca de 10% das vendas em negócios com fertilizantes e defensivos, normalmente envolve um produtor, uma trading e uma companhia de insumos. Na situação atual, ajuda a financiar até grandes colheitadeiras, de R$ 1 milhão.
Para essas máquinas, o sistema estreou no país com a New Holland, do grupo Fiat. Cinco negócios já foram fechados com produtores de soja desde maio, quatro deles envolvendo colheitadeiras, com o "barter" representando até 40% do valor negociado. Para participar desse escambo, o produtor rural precisa de um avalista e de uma Cédula de Produto Rural (CPR) correspondente ao volume de soja envolvido, se o valor do negócio ficar em até US$ 250 mil. Acima disso, é exigida hipoteca da terra.