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Rodízio de produtos faz inflação do agronegócio ficar elevada

29/07/2016 - Os preços dos produtos agropecuários perderam um pouco de pressão na taxa de inflação neste mês. Mesmo assim, a participação deles nos índices é grande. Após o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) ter atingido correção de 30,8% no acumulado de 12 meses, em junho, ficou em 28,8% em julho, conforme pesquisa do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado). A taxa é considerada bem distante da inflação média de 11,6% acumulada de agosto do ano passado a julho deste ano. A evolução média dos preços ao produtor se acentuou muito nos dois últimos meses. Vários produtos se revezaram nessa cesta de pressão, não dando trégua aos índices de inflação. Em março, o destaque foi o mamão, que chegou a subir 84% no atacado. No mês seguinte, o foco foi para a laranja, que teve alta de 15,2%. Em maio foi a vez da batata, acompanhada de milho e de soja. A partir de junho, as pressões vieram forte, com uma cesta variada de produtos. Estiveram na lista das maiores pressões batata, soja, farelo de soja e, principalmente, feijão. Neste mês que se encerra, o feijão já pesa menos no índice de inflação no atacado, mas surge um novo componente: o leite.Com isso, o bolso do consumidor não teve folga nos últimos meses, tendo sempre que suportar os custos de um produto na linha de pressão. Os aumentos de preços no IPA acabam sendo repassados para o consumidor final. Neste mês, o feijão-carioquinha subiu 34% no varejo, enquanto o leite ficou 16% mais caro. Essa pressão na inflação tende a diminuir nas próximas semanas, uma vez que os preços desses produtos não têm mais espaço para altas tão acentuadas. Mesmo assim, o consumidor continuará pagando os altos preços, uma vez que a regularização da oferta ainda demora. Fonte: Folha de São Paulo