26/08/2015
A ferrovia Transoceânica, com previsão de formar um corredor de escoamento entre os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por Mato Grosso com expectativa de terminal em Lucas do Rio Verde, também tem chamado a atenção de investidores indianos.
Na região, já visitaram Rondônia, por onde devem seguir o trilhos saindo de terras mato-grossenses, que ainda podem conhecer. Eles vem trabalhando com a construção de um laço comercial com o Brasil, na produção agrícola de produtos como soja, milho, cacau, café e madeira do tipo teca.
Em Rondônia, eles já conheceram a estrutura logística portuária em Porto Velho que também recebe parte do escoamento da produção mato-grossense. "O porto dispõe de estrutura necessária para movimentar até 8 milhões de toneladas de cargas diversas por ano. Já batemos o recorde de aproximadamente 4 milhões de toneladas em 2014. A tendência é manter os índices, estimulando o investimento", disse diretor administrativo e financeiro da Sociedade dos Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), João Bosco de Araújo, por meio da página do governo.
Investidores chineses já percorrem o traçado da projetada ferrovia. Eles se disseram impressionados com pujança do agronegócio em Mato Grosso, ao passarem em expedição em cidades como Lucas e Cocalinho. Contudo, destacaram a carência de logística, principalmente do modal ferroviário. As impressões foram registradas no relatório da viagem, que ocorre com acompanhamento de representantes da Valec, estatal responsável pelas ferrovias. Eles partiram de Brasília e querem chegar até Cruzeiro do Sul (AC).
Os estudos da ferrovia já estão em andamento entre o governos brasileiro e chinês. Ela partiria do Peru, passando pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, criando um corredor entre os oceanos Atlântico e Pacífico, em mais de 4 mil quilômetros. São estimados pelo menos R$ 30 bilhões em investimentos para agilizar o escoamento da produção agrícola, principalmente a mato-grossense.
Conforme Só Notícias já informou, a Valec espera que até maio do ano que vem sejam concluídos os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental. No primeiro encontro internacional para discussão das obras, em Lucas do Rio Verde, mês passado, o governador Pedro Taques (PDT) destacou que a ferrovia representa "muito" para economia e os produtos mato-grossenses chegarem ao mercado internacional a preços competitivos. Foi previsto que as obras devem começar em 6 ou 7 anos.