12/08/2015
Relatório do USDA aponta preços internacionais variando entre US$ 8,40 e US$ 9,90 por bushel
O governo dos Estados Unidos revisou de 105,73 para 106,59 milhões de toneladas a sua projeção para a safra local de soja 2015/2016. O número está no relatório mensal de oferta e demanda global, divulgado nesta quarta-feira (12/8) pelo Departamento de Agricultura do pai (USDA, na sigla em inglês). Se confirmado, será uma queda de 1,3% em relação à safra 2014/2015, estimada em 108 milhões de toneladas.
Para a safra nova, os Estados Unidos revisaram para baixo suas estimativas de exportações do grão. De julho para agosto, o número passou de 48,31 milhões para 46,95 milhões de toneladas. Em compensação, a demanda doméstica foi reajustada de 53,60 para 54,21 milhões de toneladas. A estimativa de estoques aumentou de 11,58 para 12,78 milhões de toenladas.
O USDA justificou a revisão do número no maior
rendimento das lavouras em algumas regiões, apesar das perdas de área. "A área colhida foi reduzida em relação ao relatório de julho principalmente pela menor área no Missouri", disse o relatório, que estima a superfície colhida com soja em território americano em 33,43 milhões de hectares.
Em nível mundial, o
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos também reajustou a estimativa de
produção no relatório de agosto. O número passou de 318,92 milhões para 320,05 milhões de toneladas de soja. As
exportações globais passaram de 123,34 para 127,18 milhões de toneladas do grão e o consumo doméstico de 306,23 para 309,86 milhões de toneladas.
Diante deste cenário, o governo norte-americano reduziu a estimativa de
estoques finais da safra 2015/2016 de 91,88 para 86,88 milhões de toneladas. Ainda assim, as reservas globais de soja devem ser maiores que as da safra 2014/2015, estimados em 80,57 milhões de toneladas.
Para o Brasil, a projeção de safra foi mantida em 97 milhões de toneladas de soja no ciclo 2015/2016. O consumo interno da oleaginosa teve leve revisão para cima, de 42,73 milhões para 42,77 milhões de toneladas. Em relação à demanda externa, o USDA reforçou sua expectativa em relação ao produto brasileiro. A estimativa de exportação foi revisada de 50,75 para 54,5 milhões de toneladas com estoques finais de 18,3 milhões.
Para a Argentina, a estimativa de produção foi mantida em 57 milhões de toneladas na
safra 2015/2016. O consumo interno ficou estimado em 46,6 milhões de toneladas. Em relação às exportações, o USDA reajustou de 8,7 para 9,75 milhões de toneladas com estoques finais de 34,1 milhões.
Na avaliação do USDA, os preços internacionais do grão na bolsa de Chicago devem variar entre US$ 8,40 e US$ 9,90 por bushel.